Para idosos gregos, medidas de austeridade de resgate financeiro "nunca terminarão"
"Com 2 euros no bolso, Yorgos Vagelakos, operário aposentado de 81 anos, percorre o mercado de produtos agrícolas de seu bairro de classe trabalhadora de Atenas em busca de algo que possa comprar.
Como a maioria dos pensionistas, ele foi duramente atingido pela crise econômica da Grécia. Ao longo de oito anos, os pacotes de resgate financeiro internacional do país atingiram o sistema previdenciário, e mais de uma dúzia de rodadas de cortes deixaram quase metade de seus idosos abaixo da linha da pobreza.
Agora a nação vislumbra o fim do terceiro e último pacote de resgate na próxima semana, mas para Vagelakos há pouco a se comemorar."As laranjas que comprarei eu pagarei a você na semana que vem", diz ele ao vendedor no mercado. Metade de seu dinheiro já foi em alguns cachos de uvas.
"Dois euros na semana que vem. Você estará aqui?", pergunta, pegando sua sacola de frutas. A resposta é afirmativa, e ele brinca: "Bem, então não virei para não ter que pagá-lo!"
A Reuters entrevistou Vagelakos pela primeira vez em 2012, quando a Grécia assinou um segundo pacote de resgate que a poupou da falência e da saída da zona do euro. À época ele ia ao mercado com 20 euros no bolso. Sua renda mensal, incluindo pensão e benefícios, havia sido reduzida de 1.250 para cerca de 900 euros.
Agora a nação
vislumbra o fim do terceiro e último pacote de resgate na próxima
semana, mas para Vagelakos há pouco a se comemorar.
"As
laranjas que comprarei eu pagarei a você na semana que vem",
diz ele ao vendedor no mercado. Metade de seu dinheiro já foi em
alguns cachos de uvas.
"Dois
euros na semana que vem. Você estará aqui?", pergunta, pegando
sua sacola de frutas. A resposta é afirmativa, e ele brinca: "Bem,
então não virei para não ter que pagá-lo!"
A Reuters
entrevistou Vagelakos pela primeira vez em 2012, quando a Grécia
assinou um segundo pacote de resgate que a poupou da falência e da
saída da zona do euro. À época ele ia ao mercado com 20 euros no
bolso. Sua renda mensal, incluindo pensão e benefícios, havia sido
reduzida de 1.250 para cerca de 900 euros. Hoje é de
685 euros, e as dívidas estão crescendo, disse.
Com um
desemprego que chegou a quase 28 por cento no auge, um quarto das
crianças vivendo na pobreza e benefícios cancelados, muitas
famílias se tornaram dependentes da ajuda de avôs durante a má
fase. Vagelakos não consegue mais manter as famílias de seus dois
filhos, mal chegando a cobrir as necessidades pessoais e da esposa.
"Acordo
todos os dias em um pesadelo", disse. "Como cuidarei de
minhas finanças e minhas responsabilidades? É assim que acordo
todos os dias."
Os
pensionistas realizaram diversos protestos contra as medidas de
austeridade impostas pelos pacotes de resgate, mas apesar de a
economia grega estar finalmente voltando a crescer modestamente, eles
podem esperar mais dificuldades -as mudanças nas regras das pensões
implicam em mais cores em 2019.
"O
memorando (pacote de resgate) jamais terminará", afirmou
Vagelakos. "Mesmo que termine em agosto, temos uma supervisão
permanente... que é um velório contínuo para nós."
Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/mundo/para-idosos-gregos-medidas-de-austeridade-de-resgate-financeiro-nunca-terminarao,94d8ccb02cc3cc34eb915acfdfe20cd9971xhww7.html
https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2018/08/20/brasil-tem-uma-italia-de-inadimplentes.htm
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Lares dependentes da renda de aposentados cresceram 12% em um ano
Carmen Victolo não planejava chegar assim aos 58 anos. Desempregada desde 2014, ela mora com os pais de mais de 90 anos e depende da aposentadoria deles para bancar despesas básicas. Dois cursos superiores e pós-graduação não foram suficientes para levá-la de volta ao mercado e restituir o salário que ganhava como coordenadora de marketing. "Virei teúda e manteúda dos meus pais"-
Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2018/07/15/lares-dependentes-da-renda-de-aposentados-cresceram-12-em-um-ano.htm
https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2018/08/20/brasil-tem-uma-italia-de-inadimplentes.htm
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Lares dependentes da renda de aposentados cresceram 12% em um ano
Carmen Victolo não planejava chegar assim aos 58 anos. Desempregada desde 2014, ela mora com os pais de mais de 90 anos e depende da aposentadoria deles para bancar despesas básicas. Dois cursos superiores e pós-graduação não foram suficientes para levá-la de volta ao mercado e restituir o salário que ganhava como coordenadora de marketing. "Virei teúda e manteúda dos meus pais"-
Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2018/07/15/lares-dependentes-da-renda-de-aposentados-cresceram-12-em-um-ano.htm
Não. Nossa situação é pior que a dos gregos. Eles têm acesso a uma moeda estável, o país tem excelente infra estrutura, povo educado. Aqui estamos tão quebrados quanto, sem infraestrutura, povo ignorante, violência endêmica e moeda esfacelada.
ResponderExcluirÉ a Grécia que se piorar mais que corre o risco de ficar igual o Brasil.
Fico vendo um monte de gente defendendo direito disso e direito daquilo, só que eles não entendem que o estado não produz riqueza, só toma dos outros. Então um dia a fonte seca, cabe a pessoa se preparar e tentar depender o mínimo possível do governo.
ResponderExcluirConcordo I.D., Sempre falo para as pessoas que vejo reclamando de corte de benefícios: "Oque é melhor? Direitos sem emprego ou Emprego com menos direitos?"
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ResponderExcluirNo Brasil vai ser pior. Se não forem feitas reformas profundas no sistema previdenciário, em questão de 30 anos teremos uma legião de idosos cheios de direitos e passando fome.
ResponderExcluirSe o desemprego oficial no BR atingir 28%, viramos uma zona de guerra. As pessoas são mal educadas e imediatistas, devido à cultura de levar vantagem, estarem passando necessidade será desculpa suficiente para justificar o cometimento de crimes os mais variados.
E a mídia e os partidos políticos de esquerda vão endossar o coro, propondo resolver o problema com as medidas que o criaram: mais direitos, menos contenção de gastos públicos, mais ódio ao empresário, mais estado.
KILL A COMMIE FOR MOMMY
Precisamos tirar o Socialismo/Comunismo do Poder. Ou a ruína será certa.
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ResponderExcluirNão acredito que esteja, diferentemente dos Gregos, nós temos controle sobre nossa própria moeda. O governo vai fazer como sempre e cortar as aposentadorias dando reajustes menores que a inflação(isso é o certo para cortar sem o povo perceber) e em caso de uma grande crise a nossa moeda pode se desvalorizar e as empresas exportadoras entrarem em maior atividade. A Grécia tem uma moeda que ela não pode controlar, ou seja, não pode desvalorizar e baixar o poder de compra em dólar e aumentar a competitividade, e além disso também não pode fazer políticas fiscais expansionistas para retomar o crescimento, pois o próprio governo não tem autoridade sobre o próprio país e depende de decisões vindo de Berlim e Bruxelas.
ResponderExcluirEmbora possamos passar por crises, duvido que algum dia cheguemos a uma situação comparada a Grega de ter corte(nominais) nas aposentadorias, a não ser que por algum motivo aceitemos perder o controle da nossa moeda para uma entidade supranacional.
Fire a 8 anos, mas que tem vida de um brasileiro comum.
Fugindo do tópico.... Vc como conhecedor da area... Existe alguma chance de eu ganhar uma ação trabalhista sem advogado?
ResponderExcluirMelhor ter um advogado para te orientar.
ExcluirComplicado implementar medidas de austeridade no Brasil, ainda mais quando verificamos o cenário em que muitos partidos "de esquerda" irresponsavelmente se prestam ao papel de desinformar boa parte da população, por si só já muito humilde em decorrência de um sistema educacional falho.
ResponderExcluirGA
ResponderExcluirExcelente post.
A situação do Brasil com relação a INSS estará ainda pior do que isso. Portugal também passou pela mesma fase da Grécia. Hj tem aposentado em Portugal que vive com meio salário mínimo português que eh algo em torno de 300 a 400 euros. Quando o INSS de vez quebrar vai ser isso no Brasil aposentado recebendo metade do mínimo quem depende hj de aposentadoria de governo está fadado a sofrer
Caramba.....que situação.... 300 a 400 euros vive na subsistencia.
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